sábado, 13 de setembro de 2014

Configuração de Computador para Home Studio

Wellcome my son, to the machine...


Fala Galera!
Os que assinam a nossa lista de e-mails já tiveram em primeira mão a oportunidade de assistir ao nosso novo vídeo, no qual detalhamos o assunto sobre qual é a configuração de computador mais adequada para o seu home studio. Não deixe de assistir, envie seus comentários, e fique atento, pois vem mais por aí!

Abração!
André

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Novo vídeo sobre home studio e produção musical independente

Wellcome back my friends, to the show that never ends!


Assista o primeiro vídeo com dicas sobre o que você precisa para começar seu home studio.
http://youtu.be/ZhiU2fs13Ws
E não esqueça: assine a nossa lista de emais, e receba conteúdo exclusivo semanalmente!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Nova lista de emails, conteúdo exclusivo!

Olá todo mundo!


Tenho uma excelente notícia para todos os leitores que acompanham o nosso blog e se interessam por Home Studio e Produção Musical Independente.

Retomando agora um ritmo mais dinâmico, nosso blog, que já era muito bom, vai ficar ainda melhor! Após um período de recesso, no qual me dediquei à conclusão do meu doutorado em engenharia elétrica (processamento digital de sinais), volto à ativa em Produção Musical, compartilhando com vocês dicas e experiências de Home Studio!

Eis a proposta. Devido ao grande número de e-mails que recebo com os mais diversos questionamentos, principalmente sobre como montar um Home Studio e como produzir suas músicas com uma boa qualidade, resolvi criar uma lista exclusiva de e-mails, na qual pretendo esclarecer esses assuntos e outros mais. Serão emails semanais nos quais pretendo responder às suas dúvidas, tais como:
  • “Que equipamentos eu devo comprar, e quais eu posso dispensar?” 
  • “Quais os softwares indicados para gravar, mixar e masterizar?” 
  • “Como faço para gravar voz, violão, baixo, guitarra, piano, teclados, bateria, esse ou aquele instrumento?” 
  • “Como faço para obter um som com qualidade ‘profissional’?” 
Esses e outros assuntos serão agora tratados sistematicamente em um canal de comunicação no qual vocês poderão tirar as suas dúvidas diretamente comigo. A vantagem da lista de emails será principalmente essa: ao invés de termos uma via de mão única, onde eu escrevo e você estuda, teremos agora uma via de mão dupla, onde eu poderei esclarecer as suas dúvidas e compartilhar com você a minha experiência.

A partir desse canal direto de comunicação, passarei a produzir um conteúdo exclusivo e direcionado, procurando atender às suas expectativas e orientando-o em suas dúvidas concretas. Esse conteúdo será, na medida do possível, no formato de vídeos e tutoriais, e eventualmente de material escrito como ebooks e outros artigos.

Assine a lista de emails (aí do lado esquerdo, ó...  ), vamos manter contato, e aprender a produzir música de qualidade sem sair de casa!

Abração,

          André

domingo, 14 de julho de 2013

Montando o Circo

Instalado o Cubase 5.1.1 e o Driver da Interface de Áudio, vejamos o que temos.
Em uma postagem anterior eu sugeri utilizar a mesa de som. Hoje mudei minha opinião pelo seguinte motivo: minha interface de áudio é de muito boa qualidade (m-áudio), mas minha mesa é, digamos, de uma "segunda linha" (Behringer). E como todo bom engenheiro sabe, é bom minimizar as possíveis fontes de problemas. Usar a mesa é muito bacana, principalmente se você dispõe de várias saídas na sua interface de áudio e pode mixar tudo fora do computador. É legal, mas lembre-se de que a cada novo elemento inserido no circuito, a qualidade do áudio diminuirá. Optei, portanto, em fazer a mixagem virtualmente no próprio Cubase. De resto, as ligações são simples. Saída da interface para os monitores, e ir variando as entradas de acordo com o que for gravar.

sábado, 29 de junho de 2013

Recomeço

Retomando depois de muito tempo, vejamos o que ficou pra trás... O Multiply saiu do ar, mudou de ramo, e levou minhas gravações consigo. Isso porque o meu HD externo, aquele mesmo de outra postagem orgulhosa, queimou e me deixou sem backup de tantas e tantas horas de gravação.
Mudei há tempos o setup do meu home, que agora está centrado numa M-Audio FastTrack Pro. Uma dica do Flávio Goulart, que repouse com toda a paz na alegria do Céu, foi retirar a mesa da Behringer da cadeia de gravação. Faz sentido, pois afinal não se trata de uma mesa de tão boa qualidade, e passar por ela sempre pode alterar o som negativamente.
Mas depois de séculos, como dizia, fui instalar o driver da interface da M-audio, e não tinha mais driver na página da M-audio, pois a "M-AUDIO" Fast Track Pro é agora assumidamente um produto da Avid, e o driver pode ser baixado em www.avid.com/drivers. Faz parte, se fosse fácil qualquer um faria... Recomecemos então... Abração!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Experiências de Estúdio

É fato que essa arte pilotar o estúdio como um instrumento musical a mais se aprende melhor com outros artistas mais experientes.

Vou colocar algumas observações que fiz ao longo da gravação de um CD no estúdio Ethos Brasil, com o Flávio Goulart.

Batera: gravada em 8 canais, a saber:
Bumbo, caixa, hi-hat, 2 tons, 1 surdo, mais 2 overs. Os overs e o bumbo foram microfones condensadores maiores (depois verifico o modelo), e os demais foram microfones tipo cápsula como o Shure SM57.

Baixo: passando por uma DI da boss, praticamente ligado direto.

Guitarra: passando pela pedaleira da Boss(tipo uma GT-10), com simulador de amps e efeitos.

Voz: o microfone é tudo. Um AKG de milhares de reais faz a diferença.

Isso tudo entrando numa mesa mackie, e daí pra uma interface de áudio de 8 canais.
A interface trabalhou com 24 bits e 48kHz. O programa foi o pro tools, uma versão mais antiga, rodando num MAC.


Dicas:
1. Gravar duas vezes e separar as faixas no estéreo. Fizemos isso com as guitarras base, com a voz no refrão, etc.

2. Todas as vozes devem ser afinadas. Usar um pluggin tipo o Antares. O resultado realmente é outro.

3. O tempo é fundamental. Gravar com click (metrônomo), e corrigir eventuais escorregadas principalmente da batera.

4. Ordem: gravamos primeiro uma faixa guia (em casa, pra economizar) com guitarra e voz, no metrônomo. Em cima disso o batera gravou, e depois foi o baixo. Nesse ponto deletamos a faixa guia, e colocamos guitarras base e solos. Finalmente, vozes.

5. Na hora de mixar, geralmente dá-se uma comprimida na voz pra diminuir a dinâmica. Nosso técnico preferiu acertar a dinâmica na mão, pilotando os volumes com automação no protools. Segundo ele, o compressor sempre tira alguns harmônicos, e assim fica melhor.

Ok, esse post tá incompleto, vou reunir mais umas informações e atualizá-lo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma idéia...

Sabe uma coisa que ajudaria imensamente aos que estamos começando nas veredas da produção musical doméstica? -Um fórum no qual as pessoas pudessem postar suas músicas e receber dicas concretas de profissionais ou de pessoas mais experientes.

Take 2, Gravando!


Ok, mas por onde começo?

Resposta: pelo metrônomo. Sem isso fica difícil demais pros instrumentos se encaixarem na música como um todo. Se quiser prescindir do metrônomo, é melhor gravar logo todos os instrumentos de uma vez, como se fosse ao vivo. Isso tem muitas desvantagens, e talvez a maior delas seja não podermos editar nada depois de gravado. Como estamos falando de estúdio, vamos fazer como nos estúdios, ok? Defina o número de bpm's (batidas por minuto) da sua música antes de mais nada, e grave tudo com metrônomo.

Em seguida, ajuda muito colocar uma voz e um violão "guia". "Guia" aqui significa que essas faixas não entrarão na gravação final, servem somente pra nos orientarmos na hora de gravar os demais instrumentos.

Depois da faixa guia, com uma voz e um violão gravados rigorosamente no metrônomo, eu gosto de colocar baixo e bateria. Define bem a "cozinha", e já dá a cara da música do jeito que eu imagino... Particularmente, como eu uso bateria em VSTI, eu faço a bateria básica nessa fase, e componho as viradas mais pro final. No meu caso, como não sou baterista, isso me ajuda a enxergar melhor a música. Alguns técnicos às vezes começam pela bateria, e gravam os demais instrumentos sincronizados pela batera e não mais pelo metrônomo, com o pretexto de deixar o som mais "orgânico". Fica a seu critério, mas cuidado. O metrônomo é sempre mais seguro.

Em seguida, que tal colocar os instrumentos que comporão a harmonia? Violões, guitarras base, teclados, pianos, etc. Logo após, já pode desligar as faixas que foram usadas como guia.

Eu costumo deixar pro final o mais importante: a voz e os solos. Os backing vocals entram também nessa fase.

Depois, eventualmente podem entrar na música samplers e sons que não necessariamente foram gravados no seu estúdio... Por exemplo: ondas do mar, vento, etc. Mas essa parte já está tangenciando o horizonte da mixagem.

Dois conselhos finais: todas as regras estão aí para serem quebradas. E o mais importante: divirta-se! (Tem gente que parece ter a incrível habilidade de transformar em chatice até as coisas mais legais...)

Take 1, Gravando!

Pronto pra gravar?

Em primeiro lugar, não se surpreenda se você levar mais tempo depois, editando as coisas que gravou, do que levou para gravar. Executar a música com perfeição nem sempre é fácil, e às vezes você ganha tempo se emendar os trechos bons ao invés de querer a execução perfeita do início ao fim. A medida certa entre o que deve ser regravado e o que pode ser editado é algo que você deve adquirir com o tempo.

Como gravar? Em linhas gerais, certifique-se de que o som de cada instrumento está sendo bem captado, em bom volume e sem ruído. Lembre-se: numa gravação digital o volume nunca pode saturar o nível máximo da interface de áudio.

Eu utilizo plugins de bateria, de modo que a captação da batera, uma das etapas mais difíceis, eu não tenho que enfrentar.

O baixo eu gravo em linha, captado entrando direto na interface de áudio.

Violão é um problema. Se quiser qualidade em destaque, o jeito é procurar microfonar e gravar como um instrumento acústico. No meu caso, eu evito microfonar, pois meu ambiente de gravação infelizmente é muito ruidoso. Como meu violão tem saída elétrica, gravo em linha ou então da mesma forma que as guitarras (varia caso a caso).

As guitarras eu gravo sempre passando pelo V-Amp. O mais importante aqui é notar que o som da guitarra é o produto da guitarra, dos efeitos e do amplificador. Logo, a gravação em linha costuma soar muito artificial. Pra contornar esse problema, existem equipamentos como o V-Amp que simulam efeitos e amplificadores. Alternativamente você pode inclusive microfonar um bom aplificador e gravar assim mesmo. Existem ainda plugins que fazem o pós-processamento do som da guitarra, mas acho que gravar sem efeitos dificulta bastante na hora da execução. A característica dos amplificadores, no entanto, pode ser adicionada a posteriori.

Teclados finalmente sempre entram em linha.

E a voz? Um bom microfone (do tipo condensador, de preferência), com um filtro anti-pop, gravando tudo limpo, sem efeito algum. Os efeitos na voz devem ser adicionados depois. Em geral isso te dá mais qualidade e liberdade na hora da edição.

Aliás, é bom ter isso em mente: com exceção das guitarras, procure gravar tudo sem efeito algum. Adicione todos os efeitos que quiser somente na hora da mixagem.

Sobre a captação da voz e demais captações através de microfones, tente evitar ao máximo os vazamentos. Vazamento é o fenômeno que ocorre quando o microfone capta outros instrumentos ou ruídos na hora da gravação (por exemplo, o playback já gravado em cima do qual se estava cantando). Pra evitar vazamentos na captação da voz e de instrumentos acústicos, utilize fones de ouvido, de preferência com boas características anti-vazamento. Em geral, fones fechados e acolchoados vazam bem menos que os fones abertos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Produção Independente em Home Studio. -Será?


Nós, os fuçadores de programas e brinquedos eletrônicos voltados para produção musical independente, acreditamos (ou queremos acreditar) que é possível produzir música de qualidade em casa e por conta própria. Será isso verdade?

Do ponto de vista tecnológico, certamente. Os programas que temos à mão são os mesmos que utilizam os grandes estúdios por aí. -Que estúdio 5 estrelas prescinde hoje em dia de um manjado Protools e de um bom conjunto de plugins da Waves? E são esses mesmos que você já têm.

Tá, mas e a qualidade dos microfones, dos instrumentos, e tudo mais? -Com relação a isso, penso que, ainda que os equipamentos utilizados não sejam de primeiríssima... -Pense só nas gravações das décadas de 50 e 60. Já eram música de boa qualidade, e ainda tocam nas rádios até hoje. Em minha opinião, dispomos de equipamentos e instrumentos melhores ou no mínimo tão bons quanto os daquela época (com o perdão dos puristas e saudosistas).

De posse do ferramental necessário, o que falta? Por que as gravações que você faz não ficam com "cara de profissional"?

Falta o pulo do gato, aprender a fazer todas essas ferramentas trabalharem da mesma forma que os técnicos fazem nos estúdios profissionais. -Mas quem é que vai me ensinar isso? -Honestamente, acho que ninguém. Livros ajudam, alguns sites ajudam, espero que esse blog contribua, mas ainda assim é um caminho difícil de se trilhar. -Se você tem a rara oportunidade de colar em um expert, aproveite a chance e torne-se você também um mestre.

No entanto, o que sobra pra mortais como eu e a maioria dos meus companheiros de cachaça musical, é aprender na marra. Eis o método há muito conhecido: tentativa e erro.

Quanto a isso,vou tentar exemplificar o processo. Pense só em quem está fazendo aulas de canto pela primeira vez. O que é preciso pra se cantar afinado? -Primeiro, saber quando se está ou não afinado. E isso se sabe como? -Ouvindo e sentindo. Sem essa sensibilidade, fim de papo, o cara vai ficar cantando desafinado pra sempre e achando que está arrasando. Tenho a impressão de que a maioria dos desafinados por aí não tem problemas na voz, mas no ouvido.

Depois de adquirida essa sensibilidade mínima, o próximo passo é colocar a voz pra trabalhar. Se sua voz não chega nas notas certas, isso também vai ser um problema. Escolha outro repertório, ou desista de cantar. Supondo superados esses dois obstáculos, o processo de aprendizado passa por um ciclo: cantar e ouvir e cantar e ouvir... Autocriticar-se e melhorar sempre.

No home-studio não é diferente. Saber ouvir música mixada por profissionais é essencial para obter bons resultados. Como ele equalizou a guitarra? Qual o volume do baixo? Que efeitos ele usou na voz? -Ouvido.

O próximo passo é tentar fazer você sua própria mixagem. Pra isso, você deve estar familiarizado com compressores, limiters, equalizadores, reverbers, delays, mixers, e todos os recursos disponíveis nos seus softwares e plugins. -Mão na massa.

E daí em diante? Tentativa e erro, brother. Não se aprende isso na teoria. Ouvido e mão na massa.

Se serve de consolo, vários colegas músicos notaram nitidamente a evolução na qualidade das minhas gravações nos últimos anos. Ainda falta muito a percorrer, mas acho que estou no caminho certo. Confira as minhas músicas disponibilizadas no myspace e saiba do que estou falando.

Abração, e boas gravações!

PS. E não esquece de mandar os seus mp3 depois pra trocarmos uma idéia! ;)

My Space

Atendendo a uma lei pós-moderna da cultura musical interdependente, resolvi criar uma conta no MySpace pra postar minhas brincadeiras musicais.

http://www.myspace.com/andrezinhocarvalho

Também aproveito pra dizer que podemos ir devagar, mas nunca paramos!

Vida longa e próspera!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Uma Nova Gravação

Brincadeiras no Estúdio... Gravei hoje Sombras na Parede. Escute aqui.

Ficha técnica: Guitarra no Bass V-AMP, Baixo, Violão e Voz em linha. Eu mesmo toquei.

Software: Usei o Cubase SX 3 e o Ez Drummer Pop Rock.
Efeitos do Cubase: Dinamics (compressor) no baixo e nas vozes, e um Reverber nas vozes.
Os violões e as guitarras foram gravados 2x e separados no pan.

Gostei do resultado. Meio bossa, com pegada pesada... Curtinha, simpática... A letra foge da mesmice. Afinal, o rei é o rei. E também é Rock n Roll.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ez Dummer Pop Rock Cubase Drum Map

Baixe aqui o Drum Map do Ez Dummer Pop Rock para ser usado dentro do Cubase.

Feito pacientemente por mim mesmo, esse Drum Map contém o nome de cada peça de bateria do kit Pop Rock do Ez Drummer.

Modo de usar:
1. Selecione a faixa midi na qual será editada a bateria;
2. Na janela lateral do 'inspector', clique na aba map: e selecione Drum Map Setup.
3. Na janela do Drum Map Setup, carregue o arquivo .drm apertando o botão Load.
4. Note que o Drum Map deverá agora aparecer na lista lateral. Selecione ele na lista, e clique no botão Assing e finalmente em Ok.

Ok. Mas pra que serve isso mesmo? Agora, quando você for editar a faixa midi de bateria, esta será aberta num editor próprio para bateria, e você poderá ver o nome de cada peça disponível para ser tocada a cada instante. E isso é extremamente útil se você pretende editar ou simplesmente visualizar sua faixa midi de bateria.

Como usar o Ez Drummer no Cubase

Passo a passo, algumas dicas. Suponho que você já tenha instalado o Ez Drummer Pop Rock e o Cubase SX3.

Para carregar o Ez Drummer dentro de um projeto, aperte F11 e selecione o Ez Drummer como um VST instrument a ser carregado.



Carregado o Ez Drummer, abra o mixer e selecione canais de saída diferentes para cada peça.



Nesse exemplo, como sugere a figura, escolhi a seguinte separação:

Bumbo na track 1,
Caixa (os dois mics) na track 2,
Hihat na track 3,
Tons(todos os três) na track 4,
Overs na track 5, e
Room na track 6.

Os Overhead são microfones que ficam por cima da batera, captando o conjunto, mas principalmente os pratos, e os Room são microfones que ficam afastados da bateria, captando o som como um todo, e são em grande parte responsáveis pelo peso e pelo realismo do som.

Como os três tons são roteados pra track estéreo no. 4, precisamos fazer os ajustes de pan (se desejamos alterar o default) aqui, no mixer do próprio Ez Drummer. Uma sugestão é colocar o tom 3 no centro (por ser o mais grave), e separar os tons 1 e 2 pra direita e pra esquerda.

O timbre da caixa é resultado de dois microfones: Snare T (de Top) e Snare B (de Bottom). Assim, o som da esteira vem mais da Snare B, e o som da pele e do aro vem mais da Snare T.

Vazamento (Bleed) é um fenômeno que ocorre ao se gravar uma bateria real, no qual um microfone capta, além do som da peça para a qual está apontando, o som de todas as outras peças da bateria. Note que é possível obter no Ez Drummer os vazamentos da caixa (em Snare B) e os vazamentos dos overs. Eu costumo cortar o vazamento na caixa e deixar o dos Overs. Uso o vazamento dos Overs pra captar o Hihat e pra substituir em parte os mics de Room.

Feitos esses ajustes, fechemos o Ez Drummer e voltemos ao Cubase.

O VST do Ez Drummer possui oito saídas estéreo. Como nós já direcionamos previamente que peças vão pra cada canal de saída, vamos agora nomear essas saídas também no Cubase.



Agora podemos mixar cada uma desses canais como se fossem tracks gravadas. Isso inclui inserts de efeitos, sends de efeitos, equalização, volumes, etc. Uma dica básica que você deve querer fazer é acrescentar reverb na caixa e nos tons.

Note na figura acima que inserimos uma track midi, que é quem armazenará a trilha de bateria. A saída out da track midi foi direcionada para o Ez Drummer, como se pode observar.

Agora a track midi poderá ser editada livremente. Você pode escrever sua trilha de bateria no editor (clicando duas vezes sobre a track), ou pode ainda abrir o menu de Grooves do EzDrummer, escolher o padrão desejado e simplesmente arrastar para a track midi.



A ferramenta é essa. Vale a pena testar e testar até obter o melhor som possível. Não substitui uma batera real gravada, mas quebra um senhor galho. Boa sorte, e boa música!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Instalando o Device Map do Juno-D no Cubase SX3

O ouvido mais próximo da minha boca é o meu próprio. Essa postagem é, antes de tudo, um registro pra que eu não me esqueça novamente de como é que se faz isso... -Vamos lá.

Ao controlar o JUNO-D com MIDI através Cubase, para selecionar cada som teríamos que setar numericamente o banco e o programa (bnk e prg) de cada canal. Como é muito chato ficar decorando numerozinhos pra selecionar cada som, a solução é usar um device map, que permite selecionar o som desejado de uma lista com bancos e nomes de instrumentos.

Como fazer isso?

Em primeiro lugar, você precisa do arquivo que mapeia o seu teclado ou dispositivo MIDI. É um arquivo '.txt' simples, que pode ser baixado da internet. No caso do meu JUNO-D, baixei esse mesmo: JUNO-D.zip.

A dica de como instalar você encontra aqui: http://www.steinbergusers.com/cubase/btm/scripts.php ou, se preferir um em português mas sem figurinhas: http://forumusica.com/?showtopic=15138.

Mas aqui tem um pulo do gato. Na internet vi tutoriais que falam em copiar o txt no diretório:
C:\Program Files\Steinberg\Cubase SX 3\Scripts\patchnames\inactive. Tentei várias vezes e nada do JUNO-D aparecer na lista do Install Device.

Aí descobri que o diretório no meu Windows XP é outro, e aqui vai o bizu.

O diretório citado acima existe, mas não é esse que o Cubase lê quando inicia. Há um outro diretório, exatamente igual, que é o que funciona na prática.

Copiei o arquivo em C:\Documents and Settings\Estudio\Application Data\Steinberg\Cubase SX 3\Scripts\Patchnames\inactive e obtive sucesso imediatamente.

Fica a dica, e boa sorte.

Manual Prático de Produção Musical



Comprei mais esse, o autor é o Sallaberry e foi entregue em casa por R$33,00 arredondando pra cima. É um pequeno livro, mas com bizus muito interessantes. Tem a autoridade de um cara que produziu dois discos em casa que concorreram ao Grammy de música latina em 2005 e 2007.

A idéia do livro é ser um guia rápido pra auxiliar em todas as fases de produção, desde o planejamento até a divulgação e o lançamento, passando pela gravação, mixagem, masterização, projeto gráfico, registro das músicas, etc.

A editora é a velha Música e Tecnologia - confira no site.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Microfone Condensador



Microfone Condensador Rode NT1-A. Padrão cardióide, phanton power, indicado para vozes e instrumentos. 10 anos de garantia. R$807,00 na Tribo do Som - RJ. Resolvi me dar de presente de Natal! ;)

O que foi caro foi o filtro anti-pop: comnprei por fora, fiz até pesquisa de preço, mas acabei pagando R$95,00 no filtro da marca uni-pop.

Tudo bem, comprei tudo em lojas aqui no Rio, à vista pra chorar um desconto, e foi o que deu pra encontrar.

Agora, em termos de ganho de qualidade, recomendo a todos!!! -Não dá pra comparar com meus tímidos Behringer de outrora.

Em breve, prometo postar arquivos de áudio pra comprovar o que tenho dito. : )

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

New Toy

Brinquedo novo. Caixa preta...

É um HD de 1TB da LACIE, trazido do Canadá pela minha irmã. Custou-me R$300,00. Não dá pra desperdiçar uma oportunidade dessas, certo?



Benefícios: mais espaço, mais música, mais qualidade, mais bits.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Plugins de Áudio

Já comentei anteriormente que uso o cubase no meu home studio. A outra perna que faz com que a coisa possa andar são os plugins de áudio da Waves. Eu tenho o Diamond Bundle e o Waves Vocal - que vem com o fantástico plugin de Tune.



Neles você dispõe de efeitos de qualidade pra mixar suas gravações, desde a supressão de ruído, equalização, compressores e limiters, até reverb, delay, chorus, flanger, etc.

O Tune, particularmente, é um impressionante plugin de afinação para voz e instrumentos de solo. Mágica de estúdio!

Todos os plugins são muito bons, padrão profissional mesmo.



Cheguei nos plugins da Waves quando li um site na Internet que dizia que grande parte dos grandes estúdios hoje em dia apoiam-se quase totalmente nos plugins da Waves.

Conferi, e não me arrependo.

Existem muitos - muitos mesmo - plugins de áudio disponíveis por aí. Na revista Música e Tecnologia todo mês sai um artigo sobre um plugin diferente, principalmente aqueles gratuitos. Seu trabalho muitas vezes vai ser "garimpar" pra achar os melhores. Há foruns na Internet especializados nessas discussões.

Se quiser poupar tempo e partir direto pra uma solução de qualidade, fica a dica.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Gravação Digital

O artigo do Fábio Henriques publicado edição #205 de outubro de 2008 da revista Música e Tecnologia traz uma discussão muito interessante.

Gravar com taxas de 96 kHz ou até 192 kHz vale realmente a pena?

A conclusão, que eu mesmo tive a oportunidade de discutir com o Fábio, é desconcertante. Vale a pena ler o artigo para ter os detalhes.

Segundo estudos técnicos bem sustentandos, não há ganho qualitativo no áudio gravado com mais de 44.1 kHz - mesmo em estúdios profissionais com todos os recursos.

A dica do Fábio fica aqui registrada: gravar em 44.1 kHz e em 24 bits.

Mais que isso é gasto desnecessário de HD e de memória, com possível perda de performance no processamento e sem ganho significativo de qualidade.

Guias de Mixagem

Faz tempo que não posto, na verdade faz tempo que não mexo no meu home... Fim de ano, sabe como é...
Gostaria de comentar uma última aquisição. Dessa vez não foi nenhum equipamento. Comprei os livros do Fábio Henriques, Guia de Mixagem Volumes 1 e 2.
Muito bons. Recomendo. Mais informações sobre os livros em Música e Tecnologia.



Os livros tratam da etapa da mixagem, e partem do princípio que você como profissional já recebeu todo o material gravado por faixas, e agora deve colocar tudo junto pra fazer "mágica de estúdio" e transformar aquilo em música de qualidade.

Dentre outras coisas, dão dicas de volumes, pan, equalização, compressão, reverberação, ecos e efeitos. Excelente trabalho do Fábio, que tem uma didática incrível pra descomplicar o que dá pra descomplicar nesse assunto onde técnica e arte se entrelaçam.

Não é garantia de bons resultados de cara, mas é um atalho pra poupar tempo com pesquisas em blogs como esse! ;)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Dicas de Bateria

A bateria é um elemento essencial em qualquer múcia pop hoje em dia. E, infelizmente, trata-se de um dos instrumentos mais complicados de serem gravados em estúdio. Isso porque não se trata de um, mas de vários instrumentos tocados simultaneamente.

Eis o nosso ponto: como obter com qualidade um som de bateria em home studio? Você vai precisar tomar algumas decisões estratégicas. A primeira delas é: tocar ou programar a bateria. A segunda, e não menos importante: quero captar o som da 'minha bateria' ou posso usar sons sintetizados ou sampleados?

Se você opta por tocar a batera, a primeira opção (e talvez essa seja a mais interessante para um baterista) é microfonar uma bateria acústica. É também a opção mais cara. Você precisará de uma boa bateria, de bons microfones, de uma mesa com muitos canais, e de um ambiente adequado para gravação (talvez um aquário), o que geralmente é difícil de se ter em casa (e impossível num apartamento como o meu).



Opção muito interessante para os bateristas é usar uma bateria eletrônica tipo a Staff Drum Realistic. Essa bateria funciona com pads que enviam sinais MIDI para um módulo de sons. O DM5 da Alesis é uma boa opção, dando resultados muito bons.



Caso você não seja baterista (como eu também ainda não sou), você pode editar o arquivo MIDI num teclado ou mesmo com o mouse na tela do computador, e direcionar esse MIDI pra um módulo de sons.

Além dos módulos de sons em hardware, existem opções muito boas de software nessa área. Eu obtive resultados muito bons com softwares que usam samples. No início fiz umas experiências com fuit loops, depois usei o battery dentro do cake walk.

Mas nenhum desses dois chegou aos pés do EZ Drummer associado ao Cubase. Esse é meu grande bizu pra que quer um 'sonzaço' de batera sem ter que comprar hardware.

O programa trabalha com samples de batera e o resultado é muito realístico. Você tem diversas opções pra cada peça (pratos Zildian ou Paiste?), e você tem controle sobre o microfone de cada peça, podendo ajustar volume e pan em um mixer dentro do programa. Você pode inclusive determinar se há ou não vazamento entre os microfones.



O plugin possui 8 saídas de áudio, que aparecem automaticamente no Cubase. Você pode direcionar cada peça da bateria pra uma saída, e adicionar plugins efeitos no cubase (reverber, etc) como se você mesmo tivesse gravado a batera.



O EZ Drummer ainda vem com diversos padrões ritmicos em MIDI pra você que não leva muito jeito programando a batera.

Além do pacote básico padrão, existem várias extensões que trazem outras baterias e outros padrões MIDI. Recomendo fortemente, além do Kit Pop Rock default, o Drumkit From Hell (Heavy Metal), o Vintage Rock e o Latin Percussion!

Mais informações: http://www.toontrack.com/ezdrummer.asp#

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fotos

Teclado e monitores. Mesa ao lado.



Teclado, monitor, mesa ao centro, M-Audio Ozone e computador.



Computador, Ozone, Compressor e Mesa.



Instrumentos.



Caos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Esquema de Ligações em MIDI

A ligação principal é entre o lap top e o teclado, que funciona como controlador e como módulo sintetizador. Todas as configurações do Juno-D podem ser feitas via computador.

A ligação com o V-AMP é feita ocasionalmente, para configurações dos timbres via computador.

O Ozone pode ser usado como um segundo controlador. Há opção de usar o Ozone também como uma interface de saída. Isto é, através do Ozone, enviar sinais do computador para um terceiro dispositivo. Essa opção não está representada na figura.

Interface MIDI USB

Apresento-lhes minha interface midi-usb, recém adquirida, R$60,00 no bom e velho Mercado Livre. O correio veio direto da China, mas funciona perfeitamente. Boa e barata. ; )

Think About

"Truly fertile Music, the only kind that will move us, that we shall truly appreciate, will be a Music conducive to Dream, which banishes all reason and analysis. One must not wish first to understand and then to feel. Art does not tolerate Reason."


Albert Camus (1913–1960), French Philosopher in “Essay on Music", 1932

Áudio e MIDI

MIDI não é Áudio.

MIDI significa Musical Instrument Digital Interface. Trata-se de um protocolo de comunicação de dados padronizado em 1983 por um consórcio dos grandes fabricantes de sintetizadores da época. Objetivo inicial: que um sintetizador pudesse enviar sinais de comando para outro sintetizador, de modo que o outro tocasse exatamente o que fosse tocado no primeiro.

Obtiveram sucesso, e os desenvolvedores rapidamente verificaram que esses sinais poderiam ser gravados em um computador, e que este computador poderia gravar e 'tocar' comandos para até 16 diferentes instrumentos simultaneamente. Esse avanço tecnológico simplesmente revolucionou o modo de se fazer música.

O software que grava e reproduz esses sinais midi se chama sequenciador. Nosso exemplo: Cubase.

O MIDI funciona mandando sinais de eventos (exemplo: nota pressionada, nota solta) através do cabo midi. Além desses eventos, envia também informações de sincronismo e acerca dos demais controles do instrumento (pedais, botões, alavancas, etc).

Obs: uma interface midi em geral contém uma porta (1 midi port), e cada porta pode controlar (receber e enviar dados) para até 16 canais. Cada canal pode ser configurado para tocar um instrumento diferente.

Quem produz o áudio é o instrumento digital que recebe os dados e "toca" as informações recebidas. -Sacou?

Para saber mais: http://www.tweakheadz.com/how_to_get_started_with_midi.html

terça-feira, 12 de agosto de 2008

O que é um VST?

Ok, vamos começar com os bizus pra fazer da sua gravação caseira um produto de qualidade.

VST significa Virtual Studio Technology. Essa tecnologia de estúdio virtual foi desenvolvida pela Steinberg - a fabricante do Cubase, e, em bom informatiquês, um VST é um plugin de áudio.

O que é um plugin? -É um "pedaço" de software que a princípio não faz nada sozinho, mas que pode se acoplar a um outro software "hospedeiro" (por exemplo, o Cubase) e agregar a ele novas funções (por exemplo, um novo sintetizador ou um novo efeito).

Em geral o VST vai abrir uma interface visual de dentro do programa principal, na qual você poderá configurá-lo e alterá-lo como queira.

Outros padrões de plugins são o Direct-X da microsoft e o RTAS - nativo do Protools. Particularmente, eu sou adepto dos VST's, nunca trabalhei com RTAS e pouco mexi com Direct-X.

Existem diversos tipos de VST's, mas podemos destacar aqui algumas diferenças de nomenclatura.

Quando se fala em Efeito VST, nos referimos mais especificamente a um pluggin de efeito que altera um sinal de áudio. Há ainda efeitos de monitoração que fornecem uma visualização do sinal sem alterar o som (por exemplo, um analisador de espectro). A maioria desses efeitor pode ser encadeado com outros efeitos similares.

Um VSTi, ou Instrumento VST, diferentemente do efeito que somente altera um sinal áudio, é capaz de gerar áudio. Pode ser um sintetizador ou um sampler, por exemplo.

Finalmente, um Midi VST é um pluggin de efeito que atuará sobre um sinal MIDI, antes deste ser direcionado para um hardware externo ou para outro destino, por exemplo, para realizar uma transposição ou um determinado arpejo.


Leia mais em: http://en.wikipedia.org/wiki/Virtual_Studio_Technology.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Projetos de Expansão

Sempre mais... Acho que no futuro, eu gostaria de acrescentar a esse "parque" um violão de nilon elétrico, quem sabe outro takamine. Especialmente para gravação, uma bateria eletrônica tipo a realistics da staff drum. Finalmente, um microfone condensador de boa qualidade para gravar voz.

Acho que isso seria o ideal para um estúdio caseiro de gravação no meu apartamento. Mais que suficiente pra produzir minhas músicas... Ideal para uma banda de um homem só que muitas vezes deve se limitar aos fones de ouvido, e bom o bastante pra qualquer banda que tope gravar uma coisa de cada vez.

Instrumentos

Apresentados os equipamentos de gravação de áudio, vamos aos instrumentos que tenho utilizado para minhas gravações.

Baixo: SR-800. Comprei usado, paguei R$1000,00 em maio de 2007.



Guitarra Godin. Um amigo trouxe pra mim, comprada usada no Canadá. Saiu por R$700,00.



Violão de aço Takamine. Comprei novo em SP - na Teodoro Sampaio - em fevereiro de 2007 por R$900,00.



Teclado Roland Juno-D LE. Minha última aquisição, comprei novo no Rio por R$1800,00 mais brindes.



Microfones Behringer. Comprei em dezembro de 2006 pelo Mercado Livre por R$120,00.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Esquema das Ligações de Áudio



1. Mesa de Som
2. Interface de Áudio
3. Computador
4. Fones
5. Monitores
6. Compressor
7. Simulador de Amplificador

A imagem acima mostra como os elementos anteriormente descritos estão interligados.

O estúdio foi projetado para gravar um instrumento por vez. O sinal dos monitores sai do Control Room da mesa, e pode ser captado também pela saída dos fones. O monitoramento é feito mandando os sinais MAIN e AUX 3/4 para Control Room.

Os canais Ch1 a Ch4 vem das 4 saídas do compressor, e são usados basicamente para entrada de microfones. Os canais Ch5/Ch6 recebem o sinal do V-AMP.

A saída de som da interface de áudio entra nos canais Ch7/Ch8 da mesa. O volume do som enviado pelo computador pode ser ajustado no fader desses canais.

Para gravar um canal, aperta-se a tecla BUS 3/4 do canal desejado, e o led amarelo se acende indicando que esse canal está sendo enviado para o BUS 3/4 e conseqüentemente para a interface de áudio. É possível tocar outro instrumento simultaneamente em outro canal sem que esse seja gravado. É possível também re-enviar o sinal que chega no Ch7/Ch8 para o BUS 3/4, e assim o resultado da gravação será a soma do que está sendo enviado pelo micro mais o sinal dos canais selecionados.

A mesa de som possui um set de efeitos integrado. O efeito mais usado por mim é o plate reverb, no. 23. A mesa tem opção de enviar o som processado do efeito para o BUS MAIN ou para o BUS 3/4. Se quisermos gravar com efeito, devemos envia-lo para o BUS 3/4. Caso contrário, enviamos para o MAIN. Nesse último cenário, ouve-se o efeito nos monitores de gravação, mas o sinal gravado entra puro na interface de áudio, de modo que os efeitos podem ser adicionados via software posteriormente.

V-AMP2



Como os caras de estúdio gravam guitarras e baixos elétricos? Costumam plugar o instrumento em um bom ampli, e captar o som com um ou dois microfones.

Uma solução caseira é usar um simulador de aplificadores como o V-AMP da Behringer. São mais de 30 tipos de amplificadores, cada um deles podendo ser associado a oito tipos de caixas com diferentes combinações de falantes.

Comprei em abril de 2007 no Paraguas por $180,00.

Compressor

Pra que serve um compressor? -Pra melhorar a dinâmica de um sinal. Evita microfonias, dá um som com mais presença, mais consistência, retira pufs e esses, limita o volume máximo de saída, etc. Em síntese, melhora um bocado, e é usado praticamente em todos os instrumentos e microfones numa gravação.



Eu uso um Multicom PRO-XL da Behringer, de 4 canais, comprado em abril de 2007 no Paraguai por R$100,00.

Monitoramento


Um estúdio precisa de monitores. Você não vai querer ficar ouvindo suas gravações nas caixinhas de multimidia do seu PC. Ouvir bem é um requisito para produzir bem sua música.

Que características deve ter um bom monitor? -Ter uma boa resposta entre 20Hz e 20kHz. Isso vale tanto pras caixas quanto para os fones.

Minhas caixas de monitoramento eu comprei no Paraguai, aproveitando uma viagem que fiz a trabalho em abril de 2007. Behringer MS-40, por nada mais que R$200,00. Sim, o Paraguai é o paraíso.


Um pouco depois eu comprei um Fone AKG k-55, que recomendo vivamente. Tem a vantagem de ser fechado, ou seja, isola bem o som caso você queira ouvir a banda e gravar a voz sem vazamento para o microfone. Paguei R$80,00 num usado pelo Mercado Livre.

Tanto as caixas quanto o fone são show de bola. Custo benefício lá em cima. Valeu.

Placas e mais placas de som...

Pra escolher a placa de gravação de áudio, levei em consideração 4 características:

- Número de canais de áudio
- Taxa de Gravação (em kHz)
- Número de bits
- Relação sinal-ruído

Como eu gravo instrumento por instrumento, dois canais é mais que suficiente.

Um bom padrão utilizado em muitos estúdios é 96khz e 24 bits. Muitos trabalhos profissionais são gravados com essa qualidade. Mas observe, quanto maiores esses parâmetros, mais espaço de disco necessário.

A relação sinal-ruído é medida em dB. Uma placa com boa qualidade terá algo acima de 70dB.

Inicialmente, eu utilizava a interface UCA-200 da Behringer, que acompanha a mesa de som. Quis fazer um upgrade, e tive a sorte de comprar um M-Audio Ozone por R$500,00 no Mercado Livre. Tinha todas as características da placa de áudio que eu queria, e de quebra ainda é um controlador Midi. É um praticamente um estúdio portátil, 24 bits, 96kHz, 2 entradas de áudio, interface via USB, do tamanho de um Laptop. Possui uma entrada canon balanceada com Phanton Power, e pré-amplificadores nas duas entradas. Sim, dei sorte. Se alguém tiver a mesma oportunidade, recomendo!

Laptop

Oportunidade, minha irmã trouxe do Canadá um Toshiba A-100 em fevereiro de 2007, que na época me saiu por cerca de R$1800,00. Impressionante como essas coisas baixaram de preço mais recentemente... Esse é o micro que tenho usado desde então para pilotar meu estúdio de gravação. É um Centrino Duo, 120Gb de HD, e 1Gb de memória.



Veio com o Vista, que eu resolvi jogar fora e instalar o velho XP pra deixar mais leve. Em fevereiro desse ano paguei R$90,00 e fiz um upgrade de memória pra 2Gb.

Um Lap Top tem a vantagem (que nem sempre é interessante) da portabilidade. Uma consequência é que você fica amarrado às interfaces de áudio e midi para USB. No meu caso, eu topei a parada. Tá valendo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Primeiro Brinquedo

O passo decisivo pra melhorar a brincadeira de gravação foi a compra de uma Mesa de Som Xeninx 1204 da Behringer.

O legal desas mesa é que ela vem com uma interface de áudio USB UCA200 de 16 bits e 48kHz.

A mesa possui como entradas: 4 canais mono mais 2 canais stereo, 2 barramentos stereo de saída (main e mix 3/4) e mais um processador de efeitos interno com 100 presets (com um reverber que quebra aquele galho!). Os canais de mic possuem Phanton (pra alimentar microfones condensadores), e pré-amplificadores de ganho regulável.


Comprei em dezembro de 2006 pelo Mercado Livre, e paguei R$600,00 na época. Hoje tá bem mais barato.

É uma excelente mesa. A única coisa que ela não tem e que eu gostaria que tivesse é saídas de insert nos canais. Outros modelos da Behringer já os possuem.

À medida que eu for publicando esses artigos, você vai notar que eu comprei muitos equipamentos da Behringer. Alguma razão especial? -Muito simples: custo-benefício. Em outras palavras, excepelnte qualidade por um custo muito inferior ao dos outros fabricantes. Vale a pena conferir: http://www.behringer.com

terça-feira, 5 de agosto de 2008

No Princípio... Gravação de áudio em multitrack

No princípio era a vontade de gravar.
~Mas por trás desse conceito estava na realidade o desejo de produzir a minha música. Não se tratava só de gravar, mas de gravar até ficar bom. De produzir música com qualidade.

E de que modo o computador pode ajudar? Com softwares de gravação de áudio em multitrack. O conceito é simples. por exemplo, você grava um violão base. Depois, ouvindo o que gravou, grava o vocal em uma pista separada. Serão arquivos de áudio independentes, mas que tocarão simultaneamente conforme a gravação. Esse processo segue indefinidamente. Você pode gravar baixo, guitarras, bateria, vocais, e depois juntar tudo na sua banda virtual de um homem só. Produz-se a música.

No início utilizei o Adobe Audiction com essa finalidade. É um programa muito bom, herdeiro do Cool Edit. Depois disso passei pro Sonar para contar com a possibilidade de editar midis (para poder programar baterias VSTi's), e finalmente cheguei ao Cubase, que se adapta melhor do que o Sonar aos VST's e VSTi's. Por hora, entenda VST's e VTSi's como Plugins (adendos) acrescentados ao software de gravação para agregar algumas funcionalidades específicas.

Até o momento, o Cubase tem respondido bem às minhas expectativas.



Verdade é que todos esses softwares fazem mais ou menos a mesma coisa e funcionam do mesmo modo. É bom pesquisar e ver qual se adapta melhor às suas necessidades. Na dúvida, recomento o Cubase 3 SX.

A partir do software de gravação comecei a produzir minhas músicas, gravando instrumento por instrumento usando a entrada auxiliar (uma entradinha azul) de uma placa de som comum de um PC. É possível usar também a entrada roza (de microfone), mas note que sua qualidade será inferior.

Foi assim que senti o gostinho inicial do meu home studio, comecei a gravar minhas músicas, e acho que essa foi a gênese de tudo.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Apresentação

-Por que um home studio? Que pergunta, né? Hobbie é hobbie, fim de papo. Levar um som é muito bom. Tocar ao vivo é sempre uma experiência única. Mas dar para ouvirem o que você gravou é outro aspecto inebriante do ser músico. Eternizar seu trabalho, sua criatividade, seu talento... E fazer com que isso passe a fazer parte da vida de outras pessoas.

Minha meta é produzir música de qualidade sem sair de casa, e ter um home studio parte da crença de que isso é possível.

Eu não sou um músico profissional. Cultivo a música como uma atividade paralela sempre presente.

Quando se fala de um estúdio caseiro, subentende-se um estúdio barato. Esse é o desafio principal de um home studio: fazer muito com pouco, e fazer muito mais com um pouquinho a mais também.

Mas 'barato' aqui pode ser um conceito muito relativo... -Quando se trata de hobbie, dessa cachaça musical a que você provavelmente também é adicto, o céu é o limite. Se tivéssemos grana, compraríamos todos os brinquedos maneiros de última geração que estão sendo usados pelos grandes estúdios do mundo inteiro.

O cerne da questão é que é possível produzir música de qualidade sem ter que recorrer aos 'grandes profissionais'.

Eu gosto de uma comparação que me parece esclarecedora. Como eram produzidos os livros antigamente? O manuscrito era datilografado, passado para uma tipografia, e finalmente impresso. Hoje, se quisermos editar um livro caseiro, basta ter um programa editor de texto, uma impressora e, fundamentalmente, uma boa idéia do que queremos escrever. Em síntese, o computador aproximou de nós o que antes só era possível em um processo industrial de grande porte. Acredito que assim ocorreu também com a produção musical. Com os programas adequados e com uma placa de som é possível fazer muito. E o sonho do seu CD independente de uma hora pra outra pode tornar-se realidade...

Nesse blog vou postar minhas experiências com o meu home studio. Espero que sejam úteis! Sintam-se à vontade para exporem opiniões e trocarmos idéias.

Abraços!